A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) teve quatro docentes contemplados na mais recente chamada pública de bolsas de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), divulgada na última terça-feira (30). O destaque ficou para o professor Ben Hur Marimon Junior, do Campus de Nova Xavantina, que recebeu a bolsa PQ-A, a mais alta categoria da modalidade.

Além dele, os professores Carlos Antônio da Silva Junior (Campus de Sinop) e Carolina Joana da Silva (Campus de Cáceres) foram contemplados com bolsas PQ-C. Já a professora Lisanil da Conceição Patrocínio Pereira (Campus de Juara) foi selecionada para uma bolsa de Desenvolvimento Tecnológico (DT-C). Outras 11 solicitações da universidade não foram aprovadas nesta edição.

As bolsas PQ do CNPq são tradicionalmente destinadas a pesquisadores com produção científica consolidada. Com a reformulação recente, elas passaram a ser classificadas em três níveis: A, B e C. Apenas 7,5% dos bolsistas integram a categoria A, enquanto 12% estão na B e 80,5% na C.

A distribuição regional dos contemplados evidencia desigualdades históricas na ciência brasileira. A Região Sudeste concentrou 52,5% das bolsas, seguida pelas regiões Sul (19,4%), Nordeste (17,1%), Centro-Oeste (6,9%) e Norte (4,1%). Ainda assim, o CNPq destacou o crescimento da participação do Nordeste, que ficou com 21% das bolsas nesta edição.

No ranking das instituições com mais bolsas concedidas, a Universidade de São Paulo (USP) lidera, seguida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As áreas mais contempladas foram as ciências exatas e da terra, seguidas por engenharias, ciências biológicas, humanas e agrárias.

Segundo a pró-reitora Áurea Regina Ignácio, as bolsas do CNPq são estratégicas para a consolidação científica e tecnológica da Unemat. “Elas contribuem para o reconhecimento institucional e para a aprovação de grandes projetos, como os do MCTI e da FINEP, além de impactar diretamente nos conceitos da CAPES nos programas de pós-graduação”, afirmou.